Gases industriais: por que os tanques criogênicos e os cilindros representam prejuízos para o seu negócio
Ao produzir gás nitrogênio ou oxigênio dentro da sua própria empresa, é possível reduzir os custos em até 90%, entre outros benefícios. Confira!
Entre os diversos gases industriais presentes nos diferentes segmentos da indústria, o oxigênio e nitrogênio são os mais comuns. Para abastecerem a linha de produção, as empresas costumam adquiri-los na forma líquida (em tanque criogênico) ou acondicionados em cilindros. Nesses casos, as companhias de gás fornecem a matéria-prima e alugam a estrutura de reservatórios.
Esses métodos de obtenção, no entanto, tornam o preço do metro cúbico dos gases extremamente alto e exigem um grande esforço logístico. Mas existe um método muito mais vantajoso que chama a atenção do mercado: a geração de gases industriais on-site.
Basicamente, funciona da seguinte maneira: um compressor conduz o ar comprimido a um gerador, que pode ser de nitrogênio ou oxigênio. No gerador, as moléculas são separadas conforme a necessidade e o gás final é utilizado na produção. O único custo operacional envolvido é a energia elétrica para fazer tudo isso funcionar.
Em média, o custo da geração de gases industriais on-site é 90% menor em relação à obtenção por cilindro ou tanque criogênico.
A estrutura da geração on-site é simples e de fácil instalação, garantindo produção contínua de forma mais segura e eficiente.
Além do custo alto, os métodos de criogenia e cilindros apresentam ainda uma série de desvantagens:
Desvantagens do tanque criogênico (nitrogênio ou oxigênio líquido):
- É necessário abastecer o tanque frequentemente (tipicamente entre 1 e 2 semanas).
- O isolamento do tanque nunca é perfeito, causando perdas de gás por evaporação. Quando nenhum gás é consumido (nos finais de semana ou período noturno, por exemplo), as perdas podem chegar a mais de 1% do volume restante do tanque por dia.
- As companhias de gás costumam exigir contratos de longo prazo (tipicamente 5 a 7 anos).
- Além do tanque, é necessária uma fundação especial que possa resistir a temperaturas extremas de frio em caso de vazamentos.
- Não é ambientalmente amigável.
- Alta dependência das companhias de gás: risco de não fornecimento pode paralisar a produção.
- Preocupações quanto à segurança: os gases são mantidos em baixíssimas temperaturas e podem ocasionar problemas de saúde caso haja contato com a pele.
- O evaporador (que transforma o líquido em gás) pode congelar quando o consumo for maior do que o nominal ou quando o ambiente estiver muito frio.
Desvantagens dos cilindros de gás
- Com o gás representando apenas 10% do peso total do cilindro, você paga principalmente pelo transporte de ferro.
- Quando a pressão da garrafa atinge a pressão do seu processo, ela não poderá mais ser usada. Qualquer gás que tenha sobrado – geralmente, em torno de 10% do conteúdo – retorna para o fornecedor sem reembolso.
- Comprar cilindros é o jeito mais caro de adquirir seu gás.
- Normalmente, um rack está esperando a coleta por fornecedor, outro está em uso e o outro cheio é estocado. Você paga por 3 racks para utilizar apenas 1.
- Ao mudar de um rack vazio para outro cheio, haverá uma interrupção no fornecimento de gás. Nem todo processo de produção permite isso.
- Garrafas de gás estão sendo reutilizadas sempre. Os detritos e a água condensada estarão sempre dentro – a menos que você opte por um caro cilindro de “qualidade de laboratório”. Por essa razão, a pureza do gás não pode ser garantida para pressões de garrafa abaixo de 30 bar.
- Os cilindros envolvem um perigo de tombamento durante o manuseio. Se a válvula se romper, ocorre o efeito torpedo, com liberação do gás em alta pressão (até 300 bar).
- Cilindros de gás podem explodir em caso de incêndio.