Operações com furadeira manual: 3 considerações importantes
Aprenda a utilizar a técnica correta e a ferramenta ideal para cada aplicação, garantindo a qualidade e a segurança do processo
O bom uso de uma furadeira manual depende de vários fatores. Para simplificar resumimos esses fatores em três considerações importantes que garantem uma operação eficiente, com resultados de qualidade e total segurança para o operador. Confira!
1. FIQUE ATENTO À VELOCIDADE DE CORTE.
A velocidade livre de uma furadeira manual é indicada na placa de classificação do equipamento, especificada em número de rotações por minuto (rpm).
Já a velocidade de corte é medida em metros por minuto (m/min) e corresponde à velocidade na qual as bordas de corte penetram no material: é zero no centro do furo e alto nas bordas (circunferência externa), onde é efetivamente medido.
Cada material a ser perfurado exige uma velocidade de corte específica. Se for excessiva ou insuficiente, corre-se o risco de danificar o produto ou comprometer a saúde do operador, devido às forças de reação e ao esforço excessivo no momento do avanço.
Um ser humano comum é incapaz de manter um avanço de corte homogêneo, por exemplo, em uma furadeira de coluna, exceto quando pequenos avanços são usados.
Já na furação manual, é necessário reduzir a força usada para o avanço de corte necessário, selecionando a broca correta (veja no tópico 2) e a aplicação da técnica mais indicada para cada caso (veja no tópico 3).
2. SAIBA ESCOLHER A BROCA CORRETA PARA CADA APLICAÇÃO.
Neste quesito, é preciso considerar três fatores: o material da broca, o tratamento da superfície da broca e o tipo de broca.
O aço rápido é o material mais comum usado na fabricação das brocas.
Já as brocas de carboneto de tungstênio são essenciais para materiais altamente abrasivos, como compostos com reforço de fibra de vidro, fibra de carbono ou fibra de kevlar. Assim, elas podem ser usadas por um período de tempo razoável entre afiações.
Por outro lado, existem brocas com tratamento que viabilizam menos atrito entre as superfícies (broca x material perfurado), evitando a incrustação do material na broca e protegendo-a também contra a corrosão.
Existem vários tipos de broca, entre elas a broca de trabalho, broca em espiral rápida e broca em espiral lenta. A ideia é que elas cortem o material de diferentes maneiras, conforme o ângulo de ataque do corte e o material para o qual são recomendadas.
3. PARA GARANTIR A ERGONOMIA DA OPERAÇÃO, AVALIE O TIPO DE FURADEIRA MANUAL MAIS ADEQUADO.
Operações manuais de perfuração demandam velocidade e precisão. As máquinas também devem ser leves e fortes para evitar a fadiga do operador: em geral, as versões pneumáticas são mais compactas e leves, fáceis de segurar e adaptadas à anatomia das mãos e dos braços.
Posturas de trabalho desconfortáveis são comuns em operações manuais de furação, mas esse problema pode ser evitado adotando o tipo adequado de furadeira manual para cada situação.
Existem basicamente quatro tipos: pistola, reta, angular e modular.