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Mattias Pettersson é membro líder da equipe da Atlas Copco na Suécia trabalhando na automação de equipamentos de mineração subterrânea e perfuração de túneis.

Uma perspectiva sobre tendências subterrâneas

15 de dezembro de 2015

As minas subterrâneas do futuro serão mais remotas, com jazidas minerais que são difíceis de alcançar e, consequentemente, mais perigosas de escavar. Nesse panorama, Mattias Pettersson, da Atlas Copco, diz que as empresas de mineração têm somente uma opção.
P:Como você resumiria o maior desfio da mineração subterrânea?
R: A questão mais importante é como escavar minerais e metais em ambientes difíceis e perigosos, e fazer isso de forma mais eficiente e segura. O fato é que muitas das minas de hoje estão se esgotando e a próxima geração de minas irá exigir uma abordagem completamente diferente para ter sucesso.

P: De que forma esse novo trabalho será difícil de lidar?
R: Em primeiro lugar, muitas delas estão em áreas muito remotas, o que significa que serão menos acessíveis. Em segundo lugar, provavelmente serão muito mais profundas do que as minas com jazidas atuais, que são muito mais duras, exigindo infraestrutura mais complexa. Em terceiro lugar, o desafio de trabalhar em áreas profundas, confinadas e instáveis inevitavelmente envolverá mais questões de saúde ocupacional e segurança. Regulamentos ambientais e de segurança aumentam constantemente e, com toda a probabilidade, não será permitido que humanos trabalhem em ambientes perigosos assim no futuro.

P: Então quais são as opções que as empresas de mineração têm para progredir?
R: Eu acho que há somente uma. Elas precisarão adotar a tecnologia de automação totalmente, e há fortes evidências de que isso já está começando a acontecer. O interesse e a demanda de automação são maiores agora do que nunca antes, uma tendência que era claramente evidente na Exposição Euro Mine na Suécia, este ano.

P: Quais são as principais vantagens da automação subterrânea?
R: Além do óbvio impacto sobre a segurança, a automação tem papel central na otimização da operação de mineração. Por exemplo, a automação permite que as máquinas trabalhem entre turnos, durante o desmonte e durante a noite. A otimização leva naturalmente à maior produtividade, porque você o equipamento produz mais.

P: Em que medida a tecnologia da automação está sendo aplicada nas minas atuais?
R: Ela está aumentando o tempo todo. Um motivo para isso é que muitas minas agora melhoraram bastante sua infraestrutura de comunicações. Há dez anos, quase ninguém acreditava que uma rede sem fio local poderia realmente funcionar no subterrâneo. Agora é natural, pois a maioria das aplicações no campo da automação requer acesso a uma rede de algum tipo.

No entanto, devemos nos lembrar de que, apesar do crescente interesse na automação, muitas pessoas ainda são céticas. É normal ficar um pouco apreensivo com algo novo e onde isso pode chegar. Essa é a forma em que tem acontecido ao logo da história, toda vez que uma grande transição tecnológica acontece. Mas ninguém quer voltar no tempo, para os dias das perfuratrizes manuais.

P: Em que medida a automação está sendo aplicada ao setor de perfuração de túneis?
R: À primeira vista, pode-se pensar que a automação serve mais para aplicações de mineração, porque elas envolvem produção contínua. Isso é verdade até certo ponto, especialmente no tocante ao controle remoto. Mas ainda existe uma grande necessidade de perfuração de túneis para funções de autoassistência que ajudam o operador a ser mais eficiente, como sistemas que fornecem precisão de perfuração mais uniforme. Monitoramento e registro de dados também são áreas importantes para automação, o que envolve grandes benefícios para os perfuradores de túneis.

P: Quais são as principais áreas de foco do desenvolvimento da automação hoje?
R: Na Atlas Copco, nos concentramos em três áreas – as funções do equipamento, a situação de trabalho do operador e a coleta e integração de dados. Quando se trata de projetar novas funções, as únicas limitações são as nossas próprias imaginações e o custo de desenvolvimento. Temos uma grande vantagem porque todas as nossas novas máquinas são equipadas com sistemas de controle computadorizados, o que permite a adição de um grande número de funções automáticas.

Também estamos possibilitando que o local de trabalho do operador seja movido para cada vez mais longe do local de trabalho. Por exemplo, hoje um operador pode ficar a 50 metros de distância de uma unidade de perfuração, para evitar estar em uma área com risco de queda de rochas. Mas ele pode ficar facilmente mais longe do que isso. No Chile, por exemplo, uma mina posicionou os operadores de suas Scooptram a 80 km do local da mina e isso funcionou perfeitamente (veja M&C N° 2, 2013).

Outros exemplos de automação da Scooptram podem ser encontrados no Canadá, onde é principalmente usada como medida de segurança para proporcionar aos operadores um ambiente de trabalho mais seguro. Na Suécia, a mina LKAB opera uma frota de perfuratrizes de furo longo Simba a partir de uma sala central, e existem sistemas similares instalados na Finlândia e nos EUA.

A Epiroc operou sob a marca "Atlas Copco" até 1º de janeiro de 2018.

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