Lubrificação em motores de compressores de ar e geradores portáteis – parte 1
9 de Setembro de 2022
O motor à diesel é o coração de equipamentos portáteis para construção civil, tais como geradores de energia, compressores de ar e torres de iluminação. Para garantir sua correta performance e aproveitar toda sua vida útil potencial, utilizar o óleo lubrificante correto é essencial.
Entre as funções mais críticas do óleo lubrificante do motor estão:
- Proteção contra oxidação (ferrugem).
- Inibição da formação de depósitos de fuligem (carbonização).
- Inibição da formação de contaminantes.
- Auxílio na manutenção da temperatura de trabalho ideal.
- Redução da corrosão mecânica que acontece pelo atrito e outros processos como cavitação.
Para ter certeza de que o lubrificante desempenhará corretamente estes papéis, a primeira característica à qual devemos atentar, é a viscosidade.
As faixas de viscosidade apropriadas de acordo com as temperaturas ambiente, são especificadas pelos fabricantes com base em “graus SAE” (Sociedade de Engenharia Automotiva). Deve-se prestar especial atenção à viscosidade recomendada pelo fabricante do equipamento. O que é bom para um, não é necessariamente bom para outro...
E também é importante não confundir viscosidade com oleosidade. Esta última é a propriedade que o lubrificante possui de aderir às superfícies e permanecer coeso.
A viscosidade correta garantirá que o lubrificante forme uma película protetora sobre as superfícies metálicas por onde circula, reduzindo o atrito.
Um motor a diesel tipicamente sofre 20 a 30% do desgaste mecânico nos instantes iniciais após a partida, pois enquanto não atinge a temperatura ideal, o atrito é maior.
Este momento, chamado de “partida a frio”, é um dos mais importantes na atuação do óleo lubrificante nos motores de equipamentos portáteis para construção civil.
A película protetora formada pelo óleo lubrificante também protege as superfícies contra outros fatores que podem provocar corrosão:
- Cavitação: bolhas formadas pelos gases de combustão, que provocam um desgaste por impacto.
- Corrosão química provocada por ácidos originados da mistura de gases de combustão no diesel.
A barreira física que o óleo lubrificante cria também isola a superfície do contato com o oxigênio, evitando assim a oxidação (ferrugem).
Com o tempo, o nível de viscosidade do óleo lubrificante vai se alterando, por causa de contaminações de combustível, fuligem, sujeira, borra e água. Daí a necessidade de troca periódica do óleo e também dos filtros.
Além da película protetora que formam sobre as superfícies, os melhores óleos lubrificantes também utilizam aditivos químicos específicos para reduzir ainda mais a formação de depósitos, contaminantes, corrosão e oxidação. É importante atentar para a precisão das formulações para cada tipo de equipamento, pois existem inúmeros fatores que variam muito de uma máquina para outra.
Este é o tema do próximo post, que preparamos para você. Continue acompanhando nosso blog e fique por dentro das melhores práticas em manutenção de equipamentos para construção.