8 passos para escolher o motor pneumático ideal
Existem diversos modelos para atender a variadas aplicações. Saiba como definir a melhor solução para a sua demanda
Os diferentes modelos de motor pneumático existentes no mercado podem ser personalizados conforme o perfil de cada aplicação. Mas para selecionar o equipamento correto para o seu caso, é fundamental avaliar as necessidades do seu negócio. Para não ter dúvidas, siga as dicas a seguir.
1. Determine a potência ideal para o ponto de trabalho requerido
Ao selecionar um motor pneumático para determinada aplicação, o primeiro passo é estabelecer o chamado “ponto de trabalho” – descrito pela velocidade operacional desejada para o motor e o torque necessário nessa velocidade.
A ampla faixa de operação do motor pneumático torna provável que vários motores possam funcionar com o mesmo ponto de trabalho. No entanto, como é mais eficiente acionar um motor pneumático na velocidade de saída máxima, o ideal é selecionar o motor que produza a potência máxima mais próxima do ponto de trabalho. Assim, o consumo de ar também será menor.
A potência requerida no ponto de trabalho é calculada pela seguinte fórmula:
2. Calcule a pressão necessária
Às vezes, o motor opera com outras pressões de alimentação além de 6,3 bar. Nesses casos, seu desempenho deve ser recalculado para garantir que o ponto de trabalho possa ser alcançado. Para calcular o desempenho em pressões de fornecimento diferentes de 6,3 bar, multiplique os dados em 6,3 bar pelos fatores de correção mostrados na tabela abaixo.
3. Identifique o torque de partida e o torque de stall necessários
Muitas aplicações exigem que um motor produza um torque mínimo na partida – esse dado pode ser consultado nas especificações técnicas do equipamento. Se for necessário modificar a saída do motor, mas também manter um alto torque de partida, a técnica de estrangular o fluxo de ar deve ser utilizada.
Outras aplicações requerem um certo torque de stall ou torque de parada forçada – aquele produzido quando a velocidade de saída do motor é igual a zero. Pode ser calculado consultando o “torque na saída máxima” e multiplicando esse valor por dois. A técnica de regulação de pressão deve ser usada onde é desejável controlar o stall torque.
4. Avalie a necessidade de aceleração da carga externa
Certas aplicações requerem a aceleração de uma carga externa até determinada velocidade. Nesses casos, a escolha do motor envolve cálculos complexos. É recomendável procurar uma orientação do fabricante antes de prosseguir.
5. Monitore o limite de carga externa
Verifique se as cargas externas aplicadas estão dentro dos limites permitidos, informação obtida nas especificações técnicas do motor pneumático.
6. Avalie os níveis de ruído aceitáveis
Os ruídos gerados por um motor pneumático são causados principalmente pelo ar de exaustão do motor. Seus níveis aumentam com a velocidade e é maior quando o motor opera em velocidade livre (sem presenca de carga). Por isso, prefira modelos com exaustor para reduzir o barulho.
7. Considere a temperatura ambiente
De modo geral, os motores pneumaticos da Atlas Copco podem operar de maneira confiável em temperaturas ambientes que variam de -20°C a +60°C.
No entanto, abaixo da temperatura ambiente de +5°C, o ar comprimido pode precisar ser seco para evitar problemas de congelamento.
Muitas vezes é possível operar esses motores em temperaturas muito mais altas, mas não é recomendado arriscar sem antes consultar o fabricante.
8. Pondere a hostilidade do ambiente
Um bom motor pneumático é preparado para operar com pouca ou nenhuma modificação em muitos ambientes hostis, que podem conter:
- Ácido.
- Risco de explosão.
- Conteúdo radioativo.
- Alta temperatura.
- Umidade excessiva.
- Poeira excessiva.
- Campos elétricos intensos.
- Localização subaquática.
No entanto, para garantir um serviço seguro e confiável, recomendamos sempre consultar o fabricante sobre a capacidade de o equipamento suportar essas condições.