Marco do Saneamento: entenda a nova lei e as oportunidades para o setor
Com alta demanda e livre concorrência entre empresas estatais e privadas, prestadores de serviço precisarão oferecer alto padrão de qualidade para vencer licitações
O novo Marco do Saneamento Básico no Brasil, sancionado em julho de 2020, tem uma meta ambiciosa: garantir que, até 2033, 99% da população tenha acesso à água potável e 90% ao tratamento e à coleta de esgoto.
Para se ter uma ideia do salto necessário, atualmente 35 milhões de brasileiros não têm acesso à água tratada e mais de cem milhões não contam com serviços de coleta de esgoto.
A ideia de universalizar e qualificar a prestação dos serviços no setor traz uma série de oportunidades para o mercado, uma vez que os investimentos para adequação à lei tendem a ser altos: de acordo com um estudo da ABCON-KPMG, os aportes necessários para a universalização do saneamento até 2033 são da ordem de R$ 520 bilhões.
Livre concorrência trará desafios de competitividade
Com o marco do saneamento, as empresas do setor terão uma grande demanda nos próximos anos, tanto de execução de obras para prefeituras quanto de participação em contratos de concessão.
A boa notícia é que agora os municípios ficam obrigados a abrir concorrência para a seleção da proposta mais vantajosa, obrigando as empresas estatais do setor a competir em igualdade de condições com as empresas privadas.
Dessa forma, o marco do saneamento extingue os chamados contratos de programa firmados sem licitação e determina a inclusão de cláusulas essenciais, como:
- Não interrupção dos serviços;
- Redução de perdas na distribuição de água tratada;
- Qualidade na prestação dos serviços;
- Melhoria nos processos de tratamento;
- Reuso e aproveitamento de águas de chuva.
Sopradores para um padrão superior no tratamento de esgoto
Nesse cenário competitivo, devem se destacar os projetos com tecnologias avançadas capazes de garantir maior confiabilidade, melhor qualidade do serviço e redução de custos.
Considerando que os sopradores são elementos críticos para a operação e responsáveis por até 70% do consumo de energia elétrica de uma Estação de Tratamento de Esgoto, é importante que a escolha desses equipamentos seja feita de forma criteriosa.
Alguns pontos importantes devem ser levados em consideração:
1. Soprador de lóbulo x Soprador de parafuso
A perspectiva dentro da indústria de água está mudando. O soprador para ETE mais amplamente usado anteriormente – a tecnologia de lóbulo – não atende mais às necessidades de eficiência energética e operacional. Assim, as ETEs hoje economizam mais ao substituir esses equipamentos pela inovadora tecnologia de parafuso.
2. Eficiência energética
Quanto aos sopradores de parafuso, existem soluções com diferentes patamares de economia e custos de capital. Na Atlas Copco o grande destaque nesse sentido fica por conta dos sopradores de parafuso ZS (nacional) e ZS4 (importado).
Enquanto o modelo ZS apresenta até 30% mais eficiência energética do que um tradicional soprador trilobular, o ZS4 pode chegar a 40%.
3. Garantia de operação contínua
Outro diferencial dos nossos diversos modelos de sopradores é a opção de monitoramento e controle remoto, que proporciona maior confiabilidade dos processos de aeração.
Por meio da comunicação com uma interface central, é possível controlar as vazões de ar do tanque de aeração para uma operação segura e contínua – o que garante a sobrevivência das bactérias que degradam a matéria orgânica e a qualidade do efluente devolvido à natureza.