Preciso de um novo compressor ou de uma nova rede de ar?
A empresa do Seu José começou pequena, mas com o passar dos anos os negócios cresceram e foi necessário fazer novos investimentos. À medida que a demanda por ar comprimido na produção aumentava, novos compressores eram adquiridos. A fábrica já contava com cinco máquinas, cada uma com potência de 160 KW, operando diariamente. A conta de energia ficava cada vez mais alta, ao contrário da disponibilidade de ar comprimido, que diminuía com a produção a todo vapor. Para não prejudicá-la, Seu José já cogitava adquirir um novo equipamento, solução adotada em outras ocasiões. Mas, dessa vez, o empresário fez diferente: entrou em contato com o fornecedor dos equipamentos buscando o parecer de um especialista.
Os técnicos não constataram nada de errado com os compressores e sinalizaram que o problema poderia estar na rede de distribuição. E eles estavam certos. Após uma vistoria, foram identificados vários vazamentos na tubulação que desperdiçavam, todos os dias, uma grande quantidade de ar . Além disso, a rede nunca havia sido reprojetada e, por isso, a rede de ar acompanhou o crescimento da linha de produção sem ser calculada corretamente. Resultado: havia diversos pontos de estrangulamento, que dificultavam a passagem do ar. O diâmetro dos tubos também estava inadequado.
Ciente do que estava realmente acontecendo, Seu José resolveu fazer um teste. Em vez de adquirir um sexto compressor, preferiu sanar o problema dos vazamentos. O resultado foi surpreendente: além de não ter precisado comprar um novo equipamento, o empresário conseguiu a quantidade desejada de ar comprimido com dois compressores a menos! Com duas máquinas de 160 kW de potência desligadas, a conta de energia caiu drasticamente e o dinheiro economizado foi usado para substituir a rede de aço por uma de alumínio. Se os problemas na rede de ar não tivessem sido identificados, provavelmente, Seu José estaria até hoje tentando compensar a queda de pressão do ar comprimido com novos compressores – e gastando cada vez mais com energia.
O que aprender com a decisão do Seu José?
A história acima foi baseada em um caso real e é tida como um exemplo de sucesso. É bastante comum as empresas adicionarem novos compressores ao sistema de ar comprimido para suprir a demanda da produção, sem pensar duas vezes. Parece ser a solução mais prática e rápida a ser tomada para que o ritmo da produção não caia. Mas, como se pode ver, a solução mais prática nem sempre é a mais correta e acaba sendo apenas um paliativo ao verdadeiro problema do seu processo de produção. Além disso, implica em um gasto extra com energia que poderia muito bem ser evitado. Se a sua rede possui vazamentos e foi mal dimensionada, não é a aquisição de mais um compressor que vai resolver o problema, ao contrário, o problema será cada vez mais agravado.
Solucionar problemas na rede de ar é muito mais fácil do que parece. Você mesmo pode identificar vazamentos, ficando atento a barulhos incomuns vindos da tubulação. Na dúvida, agende a visita de um especialista. Furos na rede são simples de resolver.
E se o problema for uma rede de ar mal dimensionada?
O seu fornecedor também poderá resolvê-lo! Com base nas falhas detectadas, ele projeta as alterações que forem necessárias para que sejam implementadas o mais rápido possível. Ajustes na rede são menos complexos do que parecem e não exigem paradas de produção tão extensas, ao contrário do que se imagina. Se a tubulação for de alumínio, o trabalho é ainda mais simples, devido à praticidade na instalação do material.