Tratamento de efluentes: como a altura do tanque de aeração influencia o consumo de energia?
Saiba aumentar a eficiência do processo, reduzindo a demanda de ar dos sopradores e economizando energia
Em uma Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), o tanque de aeração recebe uma das etapas mais críticas do processo: dentro dele, os sopradores fornecem o oxigênio necessário para que as bactérias possam fazer a degradação da matéria orgânica.
A altura do tanque de aeração é uma variável importante nessa equação, pois influencia o consumo de energia dos sopradores, especialmente no tratamento de esgoto, mas também no tratamento de água. Vamos entender o porquê.
Basicamente, a profundidade do tanque de aeração aumenta a eficiência do processo de tratamento de efluentes.
Ao utilizar uma área com largura menor e altura maior, a bolha gerada pelo soprador fica mais tempo dentro do tanque para percorrer o trajeto até a superfície, o que melhora seu aproveitamento. Assim, quanto menor o consumo de ar, menor o gasto com energia.
A economia na ponta do lápis
O aumento de 1 metro na altura do tanque de aeração faz com que a demanda de ar seja reduzida em 20%. O uso de reservatórios mais profundos no tratamento de efluentes já é uma tendência do mercado, sendo mais comuns os tanques de 6 a 8 metros de altura, com altura útil de 5 a 7 metros e meio.
Os custos envolvidos na construção
Comparando valores, o projeto com um tanque mais profundo pode ter um custo inicial mais alto. Considerando-se o custo do ciclo de vida de uma ETE, no entanto, essa solução apresenta melhor custo-benefício.
Analisando o retorno sobre o investimento
O custo do investimento no soprador equivale a menos de 5% do total de uma estação de tratamento de efluentes. A energia gasta por ele, no entanto, chega a 60% do custo do ciclo de vida.
Em um projeto novo, o custo do soprador é insignificante e alguns modelos apresentam eficiência energética de até 30%. Esse investimento paga-se em poucos meses, pois o dimensionamento correto do tanque diminui o consumo de energia.
Tendo em vista que o ciclo de vida de uma ETE gira em torno de 40 anos, é importante fazer a escolha da tecnologia e do modelo de tanque mais adequados pensando nos resultados em médio e longo prazo.
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