Entenda como as tecnologias smart podem potencializar cada vez mais o setor industrial brasileiro, aumentando a eficiência operacional e ala
Você sabia que estamos vivendo uma quarta revolução industrial? Realidade vivida em diversos países, inclusive no Brasil, a chamada “indústria 4.0” dita o futuro padrão dominante dos sistemas de produção, no qual tecnologias inovadoras devem ser cada vez mais empregadas para integrar máquinas e humanos em linhas de montagem inteligentes e à prova de erros.
A ideia é envolver o uso de dispositivos “smart”, que favorecem maior interação entre clientes e fornecedores, permitem flexibilidade de reconfiguração e viabilizam a personalização de produtos para atender demandas individuais. Tudo isso sem encarecer o processo produtivo: a redução de custos operacionais e a eficiência energética são princípios fundamentais dessa mudança.
A INDÚSTRIA 4.0 NO BRASIL
Pouco a pouco, as empresas brasileiras também acompanham as tendências da revolução 4.0, e quem saiu na frente já tem dados consolidados com bons resultados nesse sentido. Por exemplo: na planta da Bosch de Pomerode, em Santa Catarina (PR), o uso de sensores diminuiu em 80% do tempo de máquinas paradas. Os dispositivos, que podem ser térmicos e até de vibração, enviam informações para o sistema de monitoramento e calculam o tempo de manutenção das máquinas, facilitando o gerenciamento do processo.
E não para por aí. De acordo com o gerente de TI da Bosch, Jefferson Simoni, a empresa criou um setor focado no desenvolvimento de novas tecnologias para a indústria, que já produziu novos produtos em um tempo bem menor do que o exigido em processos tradicionais.
A INDÚSTRIA 4.0 E AS PMEs
Os processos de digitalização favorecem a competição e trazem crescimento para todos os níveis de negócio. Os exemplos mais avançados de indústria 4.0 estão nas fábricas automotivas e aéreas, mas as soluções smart também se aplicam a outros segmentos — principalmente às PMEs (pequenas e médias empresas), que representam 95% da indústria brasileira.
A modernização das PMEs é encarada como um desafio, considerando a limitada capacidade de investimento. Por outro lado, o processo de adaptação pode ser simples em comparação ao de uma grande empresa — afinal, a categoria é mais flexível quando se trata de mudanças estruturais profundas. Nesse sentido, os maiores obstáculos são mesmo a falta de incentivos e de informação.
OS DESAFIOS LEGAIS
A defasagem de regulamentação no Brasil impede a adesão da digitalização de uma forma mais ampla. De acordo com uma pesquisa realizada pela Siemens, em 2016, 40% das 246 empresas contatadas disseram que a falta de disposições legais dificulta a digitalização nas fábricas no país. Ainda, 52% delas apontam como outra grande barreira desse processo a ausência de benefícios fiscais para investimentos.
Assim, por mais que os benefícios da indústria 4.0 sejam visíveis a curto prazo, a grande mudança nesse sentido virá a longo prazo. O investimento contínuo em tecnologia, pesquisa e inovação é o que fará o Brasil a voltar a ser um país suficientemente competitivo para se destacar no mercado internacional e gerar mais riquezas para o país.
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