Entenda como a ergonomia impacta o contexto das fábricas inteligentes e conheça exemplos de soluções que fazem a diferença
Em meio a um cenário de intensas transformações de processos, qual é o papel da ergonomia na Indústria 4.0? Afinal, mesmo que os sistemas automatizados estejam ganhando cada vez mais espaço nas fábricas, a produção manual continua sendo extremamente importante. Neste artigo, falamos sobre as vantagens de investir nesse princípio e mostramos exemplos práticos que colocam o fator humano no centro do processo produtivo.
A Indústria 4.0 é marcada por um ambiente de trabalho interconectado, em que operadores humanos e sistemas ciberfísicos interagem o tempo todo. Nesse contexto, a abordagem centrada no fator humano pode ser fundamental para gerar um real valor agregado em todas as etapas do processo produtivo.
Quer saber por quê?
Basicamente, questões decorrentes da falta de ergonomia são dispendiosas, e não só devido ao processo de reabilitação dos operadores afetados. Estudos indicam que o custo da perda de produtividade e da qualidade após um acidente ou lesão pode ser muito superior ao custo da reabilitação.
Neste vídeo, apresentamos alguns dados objetivos sobre o custo que a falta de ergonomia pode gerar na prática:
Como todas essas questões são críticas para a competitividade, já não restam desculpas para deixar de usar estações de trabalho ergonômicas e ajustáveis.
Por isso, na Atlas Copco desenvolvemos e avaliamos todas as nossas ferramentas manuais a partir de várias perspectivas que possam apoiar esse processo, como design de alça, ruído, vibrações e temperatura. Ao mesmo tempo, nossos projetos de automação permitem que robôs possam assumir os trabalhos mais extenuantes, como levantar e posicionar peças pesadas em posições desconfortáveis.
Como o projeto da ferramenta melhora a ergonomia na Indústria 4.0?
A Atlas Copco produz milhares de ferramentas e soluções de montagem diferentes para dar apoio a diversos setores da indústria. Para nós, ergonomia forte significa que, independentemente da ferramenta que está sendo usada, nosso projeto garantirá a segurança do operador.
“Todos os nossos projetos partem do operador que manuseia a ferramenta. Fazemos visitas aos clientes onde observamos o operador durante o trabalho e analisamos tudo, desde a postura até o nível de ruído e tempos de ciclo. Em seguida, levamos isso ao laboratório e simulamos uma estação de trabalho para que possamos ver como é realizar uma tarefa, por exemplo, em uma área apertada. ”
Frida Graf , Especialista em Ergonomia da equipe de design da Tensor ICB
Alguns exemplos práticos de ergonomia na Indústria 4.0:
As soluções para estações de trabalho fixas da Atlas Copco abrangem uma ampla gama de produtos desenvolvidos especificamente para facilidade e conforto do operador. Inclusive, em projetos recentes, elas foram associadas a sistemas automatizados para tornar os processos de aperto ainda mais ergonômicos, como é o caso da múltipla de rodas AWM PowerHead e do trocador automático de soquetes ASC.
Os braços articulados da série AX reduzem a fadiga do operador por absorverem as reações de torque e exigirem baixas forças de manuseio, mas com uma configuração em trilho suspenso. Podem ser utilizados para segurar fuso único, fusos múltiplos ou personalizadas conforme o dimensionamento de torque e alcance da aplicação, promovendo um ambiente mais ergonômico e produtivo.
Quando o assunto é aplicação de adesivos e selantes industriais, nossas soluções também proporcionaram um grande salto evolutivo para o mercado. É o caso das tecnologias para plantas de paint shop, que modificaram processos tradicionais para torná-los mais eficientes, precisos e confortáveis para operadores.
Recentemente, a Tensor ICB, que integra a família de ferramentas Tensor IxB, recebeu o Prêmio Red Dot, uma das maiores competições de design em todo o mundo. Em 2020, o título também foi concedido para a nossa primeira furadeira à bateria, a EBB26.
“O processo de design sempre começa com a experiência do operador. Como projetista, sempre me pergunto: como posso melhorar sua vida diária no trabalho?”
Apurba Pawar , Industrial Designer da equipe de design da Tensor ICB
Especialmente em ferramentas manuais, um design ergonômico inadequado que deixa a vibração da ferramenta sem controle pode causar danos às células nervosas, lesões vasculares e diversos distúrbios musculoesqueléticos.
Na maioria dos casos, problemas como danos às células nervosas inevitavelmente levam à perda de sensibilidade nos dedos, como acontece na síndrome da mão branca, ou à síndrome do túnel do carpo, que apresenta sintomas parecidos.
Reduzir a exposição à vibração para o engenheiro controlando a magnitude das forças de vibração e isolando as vibrações das superfícies presas é também um dos nossos compromissos.
Veja neste vídeo como medimos e declaramos os valores de vibração das nossas ferramentas:
É por isso que as nossas esmerilhadeiras industriais são normalmente construídas com peso reduzido, autobalanceadores e recursos de amortecimento de vibração, que aumentam a vida útil das ferramentas e reduzem o risco de lesões relacionadas à vibração.
É o caso da esmerilhadeira LSV39, por exemplo. Confira o vídeo demonstrativo:
Vale observar que, mesmo com todas as medidas que tomamos para manter os engenheiros protegidos contra danos por vibração, nossas ferramentas são tão potentes quanto podem ser.
Aqui na Atlas Copco, acreditamos que a segurança e a potência no local de trabalho devem estar lado a lado e colocamos isso em prática em todos os nossos projetos.