Liderança inspiradora: Vanessa Dessimoni, Gerente-Geral da Lewa
Conheça a trajetória e os desafios dessa líder, que sempre se destacou em sua área de atuação e acumulou grandes conquistas e muita experiência
Quando temos uma liderança inspiradora, abrimos espaço para que compartilhe sua trajetória, influências e motivações.
Desta vez, conversamos com Vanessa Dessimoni, Gerente-Geral da Lewa. Com muita generosidade, ela relata seus desafios, aprendizados e suas conquistas, que a ajudaram a construir uma carreira sólida e a render bons frutos em sua vida profissional e pessoal.
Confira, a seguir, como foi esse bate-papo.
Vamos começar falando sobre sua história anterior à trajetória profissional. Conte-nos um pouco sobre suas origens, inspirações e motivações em sua infância e adolescência.
Eu nasci em Aracaju (SE), mas me considero uma cidadã brasileira. Pouco depois de completar meu primeiro mês de vida, mudei para o Rio de Janeiro, viajando pela BR-116 a bordo de um fusca, junto com um irmão dois anos mais velho e meus pais, ambos sergipanos.
Essa foi uma das 16 viagens que fiz de mudança, morando em diferentes cidades brasileiras, do Oiapoque ao Chuí. Isso porque meu pai seguiu carreira militar e, a cada transferência, nós o acompanhamos. A princípio eu, minha mãe e irmão e, dez anos depois que eu nasci, mais uma irmã.
Toda essa mistura marcou a minha trajetória. Hoje não me considero nordestina, nem paulista, onde vivo atualmente,, mas sim uma cidadã brasileira. Isso tem um peso considerável na pessoa que me tornei, com uma alta capacidade de rápida adaptação à mudança. A minha zona de conforto está na mudança e isso tem um impacto no desapego às coisas, situações e ao status.
Como foi seu processo de desenvolvimento profissional? Do primeiro pensamento sobre o que você queria fazer até chegar aqui, qual foi a linha do tempo e os pontos mais marcantes?
Sou Engenheira Mecânica, formada pela FEI, em 1992. Costumo dizer que eu caí de paraquedas nessa área, pois sempre tive facilidade com as ciências exatas e acabei me identificando com a engenharia mecânica.
Comecei a ter experiências profissionais desde quando estudava. Isso me permitiu passar por diferentes áreas e ter desafios bem diversificados. Após estagiar em duas grandes empresas, fui contratada como Engenheira de Produção, uma época muito marcante e de grande realização em minha carreira. Por ser a única profissional dessa área no meu setor, o meu trabalho sempre foi notado por grandes líderes, que me inspiraram muito a seguir adiante.
Na sequência, passei por várias áreas da engenharia, desde qualidade de fornecedores até a posição de planner, quando tive a oportunidade de gerenciar a implantação de um programa global, com três plantas da plataforma.
Depois de tantos desafios superados, o que me rendeu grandes aprendizados e experiências, dei uma pausa para priorizar a minha vida pessoal e familiar. Fui voltando aos poucos, mais especificamente em agosto de 2013, quando um colega de faculdade, que na época ocupava a posição em que estou hoje, me pediu ajuda para gerenciar projetos na Lewa. Isso aconteceu antes de a empresa ser adquirida pelo Grupo Atlas Copco e foi o início do caminho que percorri para chegar onde estou hoje, de Gerente-Geral da Lewa.
Mas antes de chegar aqui, fui responsável estatutária e técnica da empresa. Junto a uma equipe muito capaz, comprometida e engajada, assumimos o desafio de tornar a Lewa Brasil viável. Fizemos o turnaround e tornamos a subsidiária um exemplo para o grupo, com o melhor resultado dentre as 16 subsidiárias do grupo Lewa.
Como começou sua história com o Grupo Atlas Copco? Quais marcos e lembranças especiais você tem dessa trajetória?
Eu já fazia parte da Lewa quando a empresa foi adquirida pelo Grupo, em agosto de 2022. Fiquei muito motivada pelas possibilidades que essa união poderia proporcionar.
A Lewa já era uma marca líder no mercado, mas faltava uma gestão com visão global. A perspectiva que o Grupo Atlas Copco ofereceu aos colaboradores, com possibilidade de crescimento profissional, foi um marco para que conseguíssemos reter nossos talentos e focar os esforços no crescimento dos negócios.
Sendo Gerente-Geral de uma empresa da área industrial, pode nos contar um pouco de sua visão sobre as perspectivas desse mercado e o que isso oferece como oportunidade para o Grupo?
O Grupo Atlas Copco sempre investe para crescer, por isso, está criando uma nova divisão, dentro da BA-PT (Power and Flow), que é a Industrial Flow.
O objetivo é oferecer ao mercado uma linha de bombas industriais, com diversas tecnologias, com o background de negócios e market share.
Toda e qualquer indústria precisa de compressor e bomba, seja para dosar, transferir ou misturar.
Por isso, acredito que foi uma decisão muito acertada para crescimento no mercado. As marcas que estão sendo compradas para esta divisão têm o objetivo de atender a todos os mercados e segmentos industriais.
De que forma os temas prioritários de eficiência energética e redução de CO₂ se relacionam com o dia a dia de sua área? Como isso se apresenta como diferencial estratégico da Atlas Copco e como se traduz, na prática, para a sua equipe, clientes e para a sociedade?
Esses temas estão conectados com os objetivos e visão do grupo. Na Lewa, tem-se buscado aplicações e todo novo desenvolvimento com foco na eficiência energética e redução de CO₂.
Trata-se de um segmento que é nossa prioridade. Um dos produtos da Lewa, o sistema de odorização para biometano, já tem um ciclo de emissão de CO₂ negativo.
Qual a sua visão sobre o seu papel e o dos líderes de sua equipe junto aos colaboradores que compõem esse time?
Um dos maiores desafios da liderança atualmente é a gestão de pessoas, e o meu papel, como líder, é ser como uma maestrina de orquestra. Tenho que mexer os braços nos momentos corretos, para diferentes instrumentos, e ler o mais rápido possível a resposta da música de todos.
Acredito que a liderança tem que estabelecer um novo pacto. Com mais intenção e intensidade para resgatar o P.O.D.E.R: Princípios, Organização, Desafio, Engajamento e Recompensa. Nesse contexto, considero a audácia, adaptabilidade, abertura, assertividade e admiração as novas competências da liderança nos dias de hoje, e tento sempre me desenvolver e praticá-las, acima de tudo, por meio do exemplo.
Quem é Vanessa Dessimoni fora do Grupo Atlas Copco? Pode compartilhar uma curiosidade sobre sua vida pessoal conosco?
Sou casada há 30 anos com um engenheiro mecânico que conheci no primeiro dia de faculdade. Temos dois filhos adultos e me orgulho muito do núcleo familiar estruturado que conseguimos construir. Por muitos anos, isso foi meu único “hobbie”.
Sou uma leitora feroz e muito curiosa sobre as artes. Como a minha família cada dia está mais e mais independente, tenho desenvolvido habilidades em artes em geral, como bordados manuais (que uso como terapia ocupacional), pintura de quadros e desenhos.
Que mensagem você deixaria para os públicos de interesse do seu mercado de atuação?
A Industrial Flow, com as marcas Lewa, Wangen, Varisco, Kracht e outras que virão, é uma divisão em formação, com grandes oportunidades de carreira e de negócios. É a alternativa consolidada de produtos e serviços que o mercado tem, com toda a expertise do grupo Atlas Copco.
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