"Líderes que Inspiram": Silvia Sauaia, Gerente Geral de Fábricas Atlas Copco
Confira a entrevista completa e conheça a trajetória da nossa líder, desde seus primeiros anos de estudo até ocupar uma posição de destaque no mundo corporativo!
Na série de entrevistas "Líderes que Inspiram", vamos compartilhar as trajetórias, influências, motivações e os desafios dos Gerentes Gerais do Grupo Atlas Copco no Brasil. E para abrir esta jornada, convidamos Silvia Sauaia, Gerente Geral das fábricas da Atlas Copco, que conta um pouco da sua história desde a infância, relata como despertou o interesse pela área em que atua e traz ainda algumas curiosidades que poucos conhecem sobre sua vida pessoal.
Vem se inspirar com essa ótima conversa sobre carreira e desenvolvimento pessoal!
Vamos começar falando um pouco sobre sua história anterior à trajetória profissional. Conte-nos um pouco sobre suas origens, inspirações e motivações em sua infância e adolescência.
Eu nasci em São Paulo, capital, mas vivi a maior parte da infância e adolescência em Guarulhos. Nessa época, eu era atleta de competição. Fiz ginástica artística por 10 anos, experiência que me trouxe disciplina, determinação e resiliência. Essas características me ajudaram muito ao longo da minha carreira.
Quando terminei o Ensino Médio, me mudei para Guaratinguetá, no interior de São Paulo, para estudar Engenharia de Produção Mecânica na Faculdade de Engenharia da UNESP. Foi quando saí da casa dos meus pais e comecei a trilhar o meu próprio caminho.
Minha família sempre foi a minha maior influência, especialmente as mulheres. Na década de 1940, minha avó materna foi uma mulher trabalhadora em uma época em que isso não era comum. Ela sempre dizia que o conhecimento é o que nos leva aonde queremos chegar.
Minha mãe e suas irmãs também sempre trabalharam desde muito jovens, e foi por meio delas que aprendi a importância de estudar, buscar uma carreira e conquistar a minha independência financeira.
Meu pai era bancário e sempre teve hobbies que me chamavam a atenção. Lembro que ele gostava muito de carros antigos e aeromodelismo, e foi por meio dessas experiências que me interessei pela engenharia.
Hoje, sou grata por todas as experiências que tive e por tudo o que aprendi ao longo do caminho.
Como foi seu processo de desenvolvimento profissional? Do primeiro pensamento sobre o que você queria fazer até chegar aqui, qual foi a linha do tempo e os pontos mais marcantes?
Minha história profissional começou com uma influência muito especial: a minha tia.
Ela era professora no SENAI. Foi graças a ela que descobri a possibilidade de fazer uma formação técnica junto com o Ensino Médio. Escolhi a formação em indústria gráfica, que fiz junto com o Ensino Médio, e participei em programas de estágio desde muito cedo.
Isso me deu a oportunidade de experimentar a área de trabalho e, assim, ter mais clareza sobre o meu futuro profissional.
Depois disso fui estudar Engenharia de Produção Mecânica, e no último ano de faculdade comecei um estágio na área logística da Mercedes-Benz.
Após o período de estágio, apliquei um programa de trainee para a área de logística dos jornais Folha de São Paulo e Estadão. Foram dez anos de muito aprendizado, onde conheci líderes que me inspiraram e também comecei a ganhar mais confiança e segurança em alcançar novos passos para crescer e me desenvolver.
E foi dando certo, pois depois disso trabalhei seis anos em uma indústria farmacêutica, e fiz uma pausa em 2017 para me dedicar ao mestrado em Engenharia de Produção, na USP.
Como começou sua história com o Grupo Atlas Copco? Quais marcos e lembranças especiais você tem dessa trajetória?
No período em que trabalhei na logística da Folha e Estadão, conheci a Dandara, uma colega que virou amiga, e desde então sempre trocamos figurinhas, experiências e conselhos sobre nossas vidas pessoal e profissional.
No período que eu estava no mestrado, ela atuava como Business Controller na Atlas Copco. Em uma de nossas conversas, ela comentou sobre uma vaga de Gerente de Manufatura na fábrica da Atlas Copco em Barueri.
Ao ouvi-la compartilhar sobre a sua experiência trabalhando no Grupo, percebi que a cultura e os valores da empresa tinham tudo a ver comigo. Esse foi o principal incentivo para que me candidatasse, e quis o destino que eu fosse selecionada.
Permaneci nesta posição até me tornar Gerente Geral da Fábrica, em agosto de 2022.
Hoje conto a minha história com orgulho e também como exemplo para que outros profissionais não desistam de lutar para construir sua carreira profissional.
Sendo Gerente Geral de uma empresa da área industrial, pode nos contar um pouco de sua visão sobre as perspectivas desse mercado e o que isso oferece como oportunidade para o Grupo?
Como Gerente Geral, sou responsável pela operação de duas fábricas aqui no Brasil: São Paulo e Maringá. Cada uma tem suas particularidades e desafios.
A fábrica de Maringá está investindo em automação, com a instalação de um novo robô para aumentar a capacidade e atender também o mercado externo. Temos fornecido máquinas para os Estados Unidos e estamos investindo para atender ainda mais o mercado global, sem deixar de abastecer o nacional.
Já a fábrica de São Paulo é responsável por atender quatro áreas de negócio do Grupo. Isso a torna uma fábrica muito flexível, capaz de se adaptar aos diversos mercados e potencializar a produção de acordo com as demandas.
Durante a crise energética, por exemplo, o mercado de geradores estava em alta e investimos muito nisso. Agora, estamos investindo em novos produtos para trazer soluções inovadoras de energia limpa.
Além disso, a fábrica de São Paulo está aprovando um projeto de construção de um novo site, que deve ficar pronto em quatro anos. Esse é o nosso principal projeto no momento.
De que forma os temas prioritários de eficiência energética e redução de CO2 se relacionam com o dia a dia de sua área? Como isso se apresenta como diferencial estratégico da Atlas Copco e como se traduz, na prática, para a sua equipe, clientes e para a sociedade?
Eficiência energética e redução de consumo tem sido nossa prioridade há algum tempo. Temos times que cuidam exclusivamente desses aspectos em nossos produtos, e muitos deles já são amplamente comercializados no mercado industrial.
Além disso, trabalhamos no desenvolvimento de novas fontes de energia para os mercados de motores a combustão, como as máquinas a diesel.
Atualmente estamos nos concentrando em soluções com energia solar para as nossas torres de iluminação, e em combustíveis menos poluentes para as operações que ainda dependem de combustão.
A ideia para a nossa nova fábrica, cujo projeto eu comentei na pergunta anterior, é que seja construída em um local onde possamos aplicar as práticas mais modernas de construção para ser um exemplo de fábrica verde e sustentável.
Enquanto esse projeto não é realizado, nos concentramos em práticas sustentáveis em nossos processos atuais, como o consumo consciente de energia e de água, maior eficiência nas operações, redução de resíduos e descarte adequado de resíduos.
Qual a sua visão sobre o seu papel e o papel dos líderes de sua equipe junto aos colaboradores que compõem esse time?
Tenho uma trajetória de muitos anos liderando equipes e sempre tive como foco o desenvolvimento das pessoas. Para mim, tudo é sobre pessoas, incluindo nossos clientes, fornecedores e equipe.
Acreditamos que ter as melhores pessoas, mais bem treinadas e engajadas, conscientes de seu papel e missão, é o primeiro passo para alcançar os resultados e o sucesso que buscamos.
Ao mesmo tempo, entendemos que o sucesso das pessoas é suportado por processos eficientes. Por isso, trabalhamos continuamente para melhorá-los e garantir que todos conheçam e contribuam para sua melhoria no dia a dia.
Mas não é só isso. Em nosso dia a dia procuramos reduzir nosso impacto no meio ambiente e na sociedade. Por isso, nosso objetivo é ter as melhores pessoas trabalhando nos melhores processos, para que possamos reduzir nosso consumo de recursos e nosso impacto ambiental e social.
Quem é Silvia Sauaia fora do Grupo Atlas Copco? Pode compartilhar uma curiosidade sobre sua vida pessoal conosco?
Poucas pessoas sabem e quase ninguém imagina, mas sou faixa preta de taekwondo! Comecei a praticar esse esporte acompanhando meu primeiro filho, que a princípio tentou praticar judô, mas não se identificou.
Fomos em busca de algo que atendesse melhor suas expectativas, e acabamos encontrando o taekwondo. Ele tinha cerca de cinco anos de idade na época.
Ao acompanhá-lo nas aulas e competições, acabei me interessando pela filosofia por trás dessa arte marcial, que valoriza tanto o aspecto físico quanto o mental. Descobri que havia categorias para adultos e decidi começar a treinar também.
Hoje eu e meu filho mais velho somos faixa preta. Meu filho mais novo também entrou na onda e hoje ele é faixa verde. Podemos dizer que nos tornamos uma família de taekwondistas!
Outras histórias de líderes que inspiram vêm por aí!
Assim como a Silvia, outros Gerentes Gerais vão compartilhar suas histórias e trajetórias ao longo do ano. Acompanhe nosso site e fique por dentro!